NÃO ME SURPREENDO COM MAIS NADA
Não me horrorizo mais
Com um manto sagrado
Num altar de cupins
Não me excita
O nado sincronizado
As plumas de carnaval
O banheiro climatizado
O Santo Graal
Não me congratulo
Com o bem gratuito
Ou o mal preciso
Que absolve o
O culpado,
O contradito...
Não me desmancho mais
Com o deslumbre dos sais de banho
Que tanta suavidade dão à água...
Não. Nem me surpreendo mais
Com todo mundo trapaceando
Em seus joguinhos de cartas...