DESPERTAR ESTRANHO (No Meio da Noite)
DESPERTAR ESTRANHO
(No Meio da Noite)
Por Rosa Regis
Natal/RN - 02/05/1999 (Domingo - 4:50h - É madrugada.)
Sinto algo no ar que me incomoda,
Qual fora um grande medo.
Uma preocupação.
A cabeça está pesada.
Há alguma coisa estranha
Uma espécie de degredo que assusta, me arrepia,
Me inspira má impressão.
O ar está parado... nada se mexe...
Não se ouve qualquer som:
Os cães não ladram,
Os pássaros ainda não cantam.
Só se ouve o som da geladeira
E do ressonar de um homem que dorme sem dar-se conta
Do que ocorre ao seu redor.
Tento ver algo de bom
E minha mente rejeita.
A cabeça lateja como a algo pressentir,
É o organismo podre
Que transmite seus achaques e a dor a faz sentir.
Procuro relaxar. Esquecer o que sinto.
Passar para o papel, meu grande companheiro
Que “escuta” minhas mágoas sem falar... sem reclamar
Se estou falando a verdade,
Ou até mesmo se minto.
Escuto um leve som...
É uma criança sonhando!
Um outro som...
É um pássaro que já começa a cantar.
Relaxo um pouco, pensando:
-Vou voltar para a cama
E esquecer um pouco as dores da alma... a nostalgia...
Pensar no Grande Pai que é a nossa alegria.
Dormir... descansar...
e... Se possível,
sonhar... sonhar....