Chuva...

Chuva, que sensação boa...

Lembro-me de quando eu era uma amarga criança,

Correndo e vagando pela imensa escuridão,

Chorando por sentir a inexistência da esperança,

Chorando por herdar um condenado coração...

Lembro-me de pecados que não cometi, mas que tive que pagar,

Lembro-me de correr pelos traços da solidão,

Até encontrar você a única que sabia como me acalmar...

Chuva que lava tristezas pelo mundo à fora,

Que carrega o gosto doce e amargo da vida,

Que vira fúria, que mostra algumas verdades

Que condena os tempos de injúria,

Que na natureza completa a sua vaidade...

Em inúmeras madrugadas adormeceste o meu pobre coração,

Sempre que surges eu me liberto,

Parece até que sabes o momento certo,

De lavar os meus choros debaixo da sua grande emoção...

DiaNublado
Enviado por DiaNublado em 14/11/2010
Reeditado em 01/12/2010
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