Um Ser Sombrio
Quantos momentos eu fiquei pensando...
E eu fiquei pensando que tudo havia mudado,
Mas fiquei só pensando; pensando...
De nada adiantou o apurado cuidado!
Nada! Nada mudou... E eu aqui. Até quando?
Sou o bicho-da-seda que se veste de cisma
Com o semblante tristonho no frescor do luar...
Ao passar de folha em folha como larva; sem lugar;
Sem Amoreira; sem lar; pensando no sofisma,
Sou imago; mágica troca que deseja voar!
Mas se descanso sem me trocar, fico à vista...
Saio do casulo, mostro o corpo e viro anarquista!
Sou uma sombra que rasteja em par
Companheira das horas vazias e tristes
Do sol aberto, que fere, ao sereno luar...
Em noite escura ou sol a pino; chistes!
Sombra e companheiro se enlaçam no destino...
O tino selvagem golpeia a ânsia da verdade
A maldade fareja o nordestino maduro
Puro tato de quem agoniza com um escudo no peito
O trejeito tacanho de atirar no horizonte
É o desejo mastodonte de matar o agonizante...
Na face perdida, uma ferida de dor
Um desamor, um furor de agonia
Mania de quem sabe de que nada sabe
O sabre fura-me o estômago vazio
Melhor que a cor do vinho que me tinge a veia...
Leia no folhetim a festa que fizeram por mim
Assim eu fui perdoado e lacrado no alçapão
Do destino; sou franzino, mas o comprido berrante,
Que inflama o ar, está no meu coração.
Quantos momentos eu fiquei pensando...
E eu fiquei pensando que tudo havia mudado,
Mas fiquei só pensando; pensando...
De nada adiantou o apurado cuidado!
Nada! Nada mudou... E eu aqui. Até quando?
Sou o bicho-da-seda que se veste de cisma
Com o semblante tristonho no frescor do luar...
Ao passar de folha em folha como larva; sem lugar;
Sem Amoreira; sem lar; pensando no sofisma,
Sou imago; mágica troca que deseja voar!
Mas se descanso sem me trocar, fico à vista...
Saio do casulo, mostro o corpo e viro anarquista!
Sou uma sombra que rasteja em par
Companheira das horas vazias e tristes
Do sol aberto, que fere, ao sereno luar...
Em noite escura ou sol a pino; chistes!
Sombra e companheiro se enlaçam no destino...
O tino selvagem golpeia a ânsia da verdade
A maldade fareja o nordestino maduro
Puro tato de quem agoniza com um escudo no peito
O trejeito tacanho de atirar no horizonte
É o desejo mastodonte de matar o agonizante...
Na face perdida, uma ferida de dor
Um desamor, um furor de agonia
Mania de quem sabe de que nada sabe
O sabre fura-me o estômago vazio
Melhor que a cor do vinho que me tinge a veia...
Leia no folhetim a festa que fizeram por mim
Assim eu fui perdoado e lacrado no alçapão
Do destino; sou franzino, mas o comprido berrante,
Que inflama o ar, está no meu coração.