O PREÇO DA VIDA

Estou fazendo a escolha de não me sujeitar ao meu tempo e às mentiras dele... Talvez esse seja o preço: a solidão!

Porque temos a tendência a piscar e perder os melhores momentos? Porque esse mundo é movido a essas mudanças cheias de clichês? Porque eu choro sozinho, quando deveria estar sorrindo como qualquer um que merece a felicidade? Porque a alegria atravessou a rua e não quer mais voltar?

Às vezes me sinto cansado de dançar sozinho no salão, depois que todos pegaram seus pares e partiram para aquela vidinha simples, de simples fantasias...

Eu fui andando no meio do vasto campo, não sei se em sonho ou em vida, ou numa vida de sonho. Mas eu fui percebendo os seus vultos, esses silenciosos diamantes do alvorecer, pétalas de uma rosa de luz púrpura. Como o vento desliza suave nas encostas dessa tragédia, tornando cômica e subserviência dessa alma desnutrida, obrigada a viver num tempo sem distâncias, onde estar perto não significa estar a salvo.

Tua alma chora, mas a lágrima quem derrama sou eu. Teu corpo cansa, mas quem morre a cada dia sou eu. Teus sonhos se esvaem, mas quem senta na calçada e compõe essas canções tristes sou eu. Teu amor não satisfaz, mas quem vai errando de corpo em corpo, buscando o sinal na carne, sou eu!

Em algum lugar as minhas palavras ganham vida, e, nesse ponto tão obscuro da vaidade, está aquela última carta de amor, que nada mais disse que: ADEUS!

Mas é isso: resista menino, resista... Nunca desista!

Tomverter
Enviado por Tomverter em 11/11/2010
Código do texto: T2610161
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