Dúvida da Alma

(Estrada Humana – Otávio Costa)

Usarei o que puder

Para reencontrar e juntar

O que tive que deixar pra trás na estrada,

Os abraços que dei

Saudades...

Amor perdido entre a varanda, jardim e tempestade

Não passarei por ti o mesmo homem

Renovo-me a cada instante

Não sou quem ontem estava pensando

Já sou resposta do ontem pensado

Resgate do projeto

Empreendimento do que vou atingir amanhã

Na mente, na alma, no coração.

Perde-se muito sem praticar a vida

Os momentos se gastam sem um porque

E vão para a gaveta das lembranças

Sem pedir licença a vida altera sua contínua atividade

Não espera o nosso comando

Esvazia nossos dias,

Entre o hoje e a distância

Que pena não poder levar tudo do hoje

Para o amanhã ou para o sempre...

No alvorecer do tempo

Há uma só necessidade

Mesmo esta passa...

O feliz do hoje se perde

O amanhã se faz sempre recomeço

No momento não encontro a prece

Nem a lágrima que goteja do coração

É difícil o plural tornar-se singular

No mundo, nas coisas, nos detalhes, nas pessoas,

Na ânsia da busca, nos meus sentimentos.

Como julgar o melhor da vida?

Como considerar o melhor?

Como dar o próximo passo acertadamente?

Dúvidas para mim?

Dúvidas para nós?

Respostas só quando entendermos a razão.

Estrada Humana
Enviado por Estrada Humana em 09/10/2006
Reeditado em 10/10/2006
Código do texto: T260499
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