Novamente
Tem nego que nega os impulsos
Senta a madeira e caga no pau
Pede respeito, pegando no pinto
Cospe na cara e mija na rua.
Vira e fala:
-A culpa é sua.
Depois vem dizendo
Que se arrependeu
Volta pra casa
Mas não fica tranquilo.
Depois quer explicar
Isso e aquilo
Tenta dormir
Mas a cabeça não deixa
A barriga ronca
E o consciênte se queixa
Reclama da fome que sente
Mas esquece que largou
Tanta gente na mão.
Ganha um abraço
Ouve um conselho
Se olha no espelho
E perde a razão
Novamente.