Então

Um verso que escrevo

É uma gota de minha alma

um quark de meu sangue

Uma lágrima desse oceano

Maré triste alegria cheia

um mítico monstro em degustação

Fractal essencial e semiótica

Sincronia rastreada ao pôr-do-sol

no fluxo invertido do rio não poluído

Esculpindo a tinta num papel irracional

Ourives de letras que idioma livre

Acadêmicos q’um sarcófago distanciem

Não frutificam da semente absoluta

Mas relativam hipocrisia em grau demente

Então ,

Não venha me dizer ,

O que é a poesia

Que tem a poesia

Faz que a poesia

Que sabe a poesia

Pois

Os poetas ( porretas )

Se conhecem pelo olhar.

Ritual
Enviado por Ritual em 09/10/2006
Reeditado em 09/10/2006
Código do texto: T260327