Então
Um verso que escrevo
É uma gota de minha alma
um quark de meu sangue
Uma lágrima desse oceano
Maré triste alegria cheia
um mítico monstro em degustação
Fractal essencial e semiótica
Sincronia rastreada ao pôr-do-sol
no fluxo invertido do rio não poluído
Esculpindo a tinta num papel irracional
Ourives de letras que idioma livre
Acadêmicos q’um sarcófago distanciem
Não frutificam da semente absoluta
Mas relativam hipocrisia em grau demente
Então ,
Não venha me dizer ,
O que é a poesia
Que tem a poesia
Faz que a poesia
Que sabe a poesia
Pois
Os poetas ( porretas )
Se conhecem pelo olhar.