Abaixo o Pedestal

Uma das melhores coisas da maturidade

É a sedimentação da humildade.

Quando se é jovem e se acredita maduro,

Meio que dono do mundo,

Incorre-se em um vergonhoso engano,

Que só causa desengano.

Deixa-se uma antipática impressão,

Que clama por confusão...

Julga-se demais.

Critica-se demais.

Fica-se cego pela arrogância

E sua insuportável impedância...

Confunde-se tudo,

Perde-se o bom do mundo.

Olha-se para a vida de cima.

Falha-se, vergonhosamente, na rima.

Já, na verdadeira maturidade,

Que, infelizmente, só vem mesmo com a idade,

Desce-se do pedestal.

Deixa-se de se achar o tal,

O sabichão

O gostosão,

Que, sobre tudo tem opinião formada.

Que julga, impiedosamente, mas sempre da arquibancada,

Nunca no campo,

No centro do furacão,

Onde, no entanto,

Quase nunca se encontra a razão,

Apenas traços,

Rastros,

A serem identificados

E decodificados.

A vivência traz, ou era para trazer, bom senso.

Aquele que não se aprende na teoria,

Só na folia,

Que é navegar em todos os sentimentos,

Que o coração puder aguentar,

Para se aprimorar

E melhor conviver

Com todos que apreciam o perceber...

Que está muito além de qualquer verborragia,

Absolutamente fútil e vazia.

Vídeo indicado:

http://www.youtube.com/watch?v=E2rTA2QSTGE&p=2E74E7FBC9B014BA&playnext=1&index=5

Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 06/11/2010
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