O Mestre do Medo
Ele era como tudo que sonhava:
Distante, frio, inexistente
Ele caminhava pelas alamedas da suposição
Entreabrindo portas supradimensionais
Fugia de mundo em mundo
Perdido, aturdido, frágil
E olhava pro tempo, observava as eras
Retraiu suas asas com medo da chuva
Alguma coisa nessa vida absurda o feria
Observava cada ser com sua insatisfação peculiar
Cada choro tinha seu próprio peso no cosmos
E o seu não pesava mais que uma pena
A roda da vida gira, gira vagarosa e tristemente
Os olhos do universo lacrimejam estrelas
Aprendeu a dizer adeus e jamais esqueceu
Que não importa o quanto se faz... Nada se leva