O Mestre do Medo

Ele era como tudo que sonhava:

Distante, frio, inexistente

Ele caminhava pelas alamedas da suposição

Entreabrindo portas supradimensionais

Fugia de mundo em mundo

Perdido, aturdido, frágil

E olhava pro tempo, observava as eras

Retraiu suas asas com medo da chuva

Alguma coisa nessa vida absurda o feria

Observava cada ser com sua insatisfação peculiar

Cada choro tinha seu próprio peso no cosmos

E o seu não pesava mais que uma pena

A roda da vida gira, gira vagarosa e tristemente

Os olhos do universo lacrimejam estrelas

Aprendeu a dizer adeus e jamais esqueceu

Que não importa o quanto se faz... Nada se leva

Tomverter
Enviado por Tomverter em 04/11/2010
Código do texto: T2596913
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