ONDE EU NÃO ESTOU ...
                AS PALAVRAS ME ACHAM 

A laringe...
É o útero sexual...
Onde se gestam as palavras!
Onde eu não estou...
As palavras me acham

Realizar a perfeição
Da palavra...
Da linguagem...
Em nós mesmos...
É poesia...
Que faz sintonia!

No Princípio...
Era o Verbo...
Nascente cristalina...
Fonte de Sabedoria...
Amor em plenitude
Verdade do Ser!

A fornicação...
Com a palavra...
Cria larvas e desgraças...
Desamores infinitos
Paradoxos irreconciliáveis
No descompasso da vida...

Palavras tem  poder, magnitude
Atravessam os tempos...
Sejam na construção...
Ou necessária desconstrução

A palavra nos toma...
Faz-nos reféns...
Em armadilhas e labirintos...
Quando mau uso se faz
Do seu fio condutor...

É urgente por um fim...
Na mecânica da palavra...
Que deve ser sentida, amada...
Antes de ser dita...

Falar com precisão...
De forma clara em bom tom
Saber calar em oportuna ocasião...
Sana todas as dores...
Resgata a Beleza da Alma...
Que revolução!

 

Uma palavra deve ser como o machado
Que partirá os mares congelados  den
tro de nossa alma....
Sacro e Bendito remédio!....


Alice Pinto
03/11/2010

escribalice
Enviado por escribalice em 03/11/2010
Reeditado em 03/11/2010
Código do texto: T2593815
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