BARATA

Páaaaaaaaa; páaaaaaaa...

E lá vai outra chinelada,

Páaaaaaaa; agora morreu!

“Que nada”.

O caldo branco escorre.

Imóvel está a besta.

Enquanto se vai buscar a pá

O milagre acontece:

Da morte à vida ressurge.

A besta se move

E com velocidade sem igual,

Corre para o outro canto.

Ao vê-la mais uma chinelada, páaaaa...

Ela assaz fugaz,

Escoa como água

Pelos cantos e frestas;

Passa por ínfimos lugares.

Assim é com essa fera.

Ela causa repulsa, medo, nojo,

Mas o que dizer dela:

É uma criação de Deus

Ou da natureza por Ele criada?

O que importa, é que ela

É útil para algo

Pois na vida, tudo tem utilidade.

Até essa nojenta fera

É útil na natureza.

A ela me assemelho;

Pois desde que nasci

Querem me matar com chineladas.

Mas, como ela; nessa sociedade,

Sou útil para algo!...

O que muitas pessoas não percebem

É que, nem chineladas, nem bomba atômica,

Conseguirá eliminar com essa; nojenta fera...

(PEREZ SEREZEIRO)

José R.P.Monteiro – SCSul SP serezeiro@hotmail.com serezeiro@yahoo.com.br

Perez Serezeiro
Enviado por Perez Serezeiro em 27/10/2010
Código do texto: T2581993