ANÚNCIO

Fala, Senhor,

o teu servo Te escuta...

És na hora da labuta

meu pensamento de amor.

Minha água viva,

meu alimento, Senhor;

Meu destino e direção.

Minha oração,

meu solfejo,

prece ardente de paz.

Busco o infinito “lugarejo”,

a morada eterna do Pai.

Passam os encantos desta natureza

Como passa o “concreto” dos “sábios”.

E nem de perto enxergam a pureza;

Saem gritos e blasfêmias de seus lábios.

Penso hoje em Ti, Senhor,

Derrubando o mal e o seu orgulho...

Ensinando a verdade,

sem barulho,

Na vereda latente do amor;

E todo joelho vai se dobrar

Ao romper do silêncio paciente...

Que esperava do homem a semente

De encontrar-se com o que veio libertar.

Pára, ó homem, vê de perto

A certeza do amanhã que te espera!

Crer no Senhor não é quimera,

É a resposta do teu “por quê” em aberto.

Tua vida, os teus bens, não satisfaz

Sempre queres o poder pra dominar

Esquecendo O que veio iluminar

Este mundo perdido em trevas.

Pára a tua inquietude.

Teu desejo de ter, de prazer.

Enche os confins de teu ser

Da caridade...

da fé...

em plenitude...

Frei Fernando Maria
Enviado por Frei Fernando Maria em 06/10/2006
Código do texto: T257543
Classificação de conteúdo: seguro