Inside

Nada posso sentir na incerteza

Na voz áspera que a vida me grita

Nesta prisão fria e inexpugnável,

Na raridade ofuscante do sol

No destemor sombrio da lua

Nada posso sentir...

Nenhum toque

Nenhum aceno

Nem boas vindas

Tão pouco adeus.

Nada posso sentir deste semblante decaído

Do frio descomedido que me fazes sentir

Da viva vida vívida, ultrapassada pelas tuas doutrinas

Claridade maligna, benéfica amiga

Que desde outrora me consola

Quando em momentos me reprimo

Quando me eximo,

Ou quando fujo de meus ideais nórdicos,

Apenas reflito na tua presente consternação,

Sem almejar o que me digno de ser

Um futuro poeta, ou apenas uma fagulha disso...

Fábio Avanzi
Enviado por Fábio Avanzi em 24/10/2010
Código do texto: T2575367
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