Dor
Das coisas que vivo,
apreendo o que posso do que é bom,
tento consertar tudo o que me faz mal
e quando não consigo
expurgo da alma pela ponta dos dedos.
Os dedos adormecem na medida certa,
à ponto de sentirmos somente a dor benfazeja
que consegue transfigurar
a essência fatigante da alma
em acalanto para o coração.