Dor

Das coisas que vivo,

apreendo o que posso do que é bom,

tento consertar tudo o que me faz mal

e quando não consigo

expurgo da alma pela ponta dos dedos.

Os dedos adormecem na medida certa,

à ponto de sentirmos somente a dor benfazeja

que consegue transfigurar

a essência fatigante da alma

em acalanto para o coração.

Luciana Netto
Enviado por Luciana Netto em 22/10/2010
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