Inquietação

Divergências em mim disparam

Conflitos inquietantes.

Os “eus” que em mim afloram

São perturbação constante.

Carrego sempre meu eu mórbido

Aquele no negro absorto.

Que enxerga apenas o sórdido

Vivo, porém morto.

Seu paradoxo vem consequentemente

Minha identidade festiva

Que nada além de alegria sente.

Meus olhos com ela brilham

Transparecendo meu sólido

Desmascarando minh’alma

Aliviando minha mente.

Oh querido eu de amor.

Onde tudo é cor-de-rosa

Onde tudo cheira a flor

Quando todos se manifestam

Vem junto a insânia

Meus “tudos” despertam.

Qual de mim escutar?

Todos estão errados

Resta parar.

Eles me atormentam, enlouquecem.

Gritos que só eu escuto.

Meus “eus” dentro de mim EXPLODEM.