A CANETA E A ARMA

A Caneta e a arma

A caneta promove e apela à paz

E leva conforto a quem precisa;

A arma é como animal voraz:

Fere, destrói e nem avisa.

A arma degrada e embrutece

Quem a possui e dela abusa

A caneta é um dom, uma benesse

Que torna grande a quem a usa.

A caneta é leve e apenas dispara

As ideias de quem a utiliza;

Uma arma, brutal, à vida pára

Violenta, subjuga, atemoriza.

Há ideias transmitidas pela caneta

Que vão, vingam e permanecem,

Mas as que levam a força da baioneta

Duram o que dura a força logo esquecem.

A caneta move-se suavemente

Nas mãos de quem a maneja

A arma dispara brutalmente

Uma bala fatal e malfazeja

A caneta é inofensiva e mansa

Qualquer que seja o portador,

A arma é uma afiada lança

Na mão de quem não tem amor.

A caneta que critica e ofende

Também pode pedir perdão

Mas a arma que a vida fende

Não poderá fazer regressão.

Alberto Carvalheiras
Enviado por Alberto Carvalheiras em 05/10/2006
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