Respostas e Canções
Quisera eu não perder a esperança no humano
E sonhar sonhos simples repletos de leveza,
Cantando canções de roda, girar solta e se sem culpa.
Na certeza que o real é mais belo e tem pureza.
Vai-se o ingênuo verso, vai-se o beijo roubado.
Vai-se a dança na chuva, vai-se o barco de papel.
Vão-se abraços enlaçados, e olhares encontrados,
Vão-se as cores do arco-íris e palavras ditas, ao léu.
Queria fazer um solo perfeito em todas as notas
E levar pela melodia, paz, vida, harmonia.
Quisera ao mundo dizer que é possível mudar rotas
Alcançando corações, tocar o céu todo dia.
Hoje é cinza o universo seco qual solo infecundo.
Repleto de amarguras, negrumes, e tantas dores.
Doentes estão todos, desumana é a dor do mundo,
Homens, tão racionais, tantos medos, temores...
Quis muito e quero brindar ao vento com uma canção.
Que mude a história da gente, e o chão se faça fértil.
Que traga um naco, sustento, um veio de emoção.
Declamar trova tão blue, que traga paz ao universo!
Perguntas que nos fazemos indagações sem fim.
Findaram-se os risos largos, abraços, mãos apertadas?
Esvaíram-se os sonhos bons? Como ser feliz assim?
Onde estarão as respostas? Em nossas almas apartadas?
The answer, my friend, is blowin’in the wind,
The answer is blowin’in the wind…