o diretor

há sempre um tema pra gente escolher

há sempre um rosto no fim do caminho

há sempre um jeito de a gente viver

e não perceber que se anda sozinho

há uma saudade que teima em dizer

que a liberdade também é espinho

há sempre uma lágrima que ousa escorrer

pelo nosso rosto fazendo carinho

e há, sobretudo, uma ânsia no peito

que é o defeito da expectativa

se o coração já não pensa direito,

a nossa cabeça é a teleobjetiva

que traz a idéia de um filme perfeito,

idéia pro seu diretor repulsiva...

Aluizio Rezende
Enviado por Aluizio Rezende em 21/10/2010
Reeditado em 11/11/2010
Código do texto: T2569439
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.