(((_Névoa de Borboletas_)))



Trago-te palavras, apenas...que acende inesperadas cores
não se sabe de onde vem e onde pousam
alimentam-se num instante em cada par de mãos
muito sentem e tantas se calam
nos aromas de rosas que exalam

E se um olhar lhes bastassem
morasse na eternidade do hoje,
e quem sabe no amanhã  o próprio sempre
que de vez em quando se faz ausente
no sonhado futuro de saber o segredo
acarinhado com a calma da alma
na palma o seu conteúdo.

Ora um doce mistério:um desejo.
E que pouco antes sem reclamar daquilo ou disso,
sorvendo meus ouvidos em teus amendoados olhos
por que de os ver me sacia o pranto
como que se apartasse à espera em canto

De ousar correr, frente ao verso não nega
sorrindo lírios na tela de tua janela
como se o chão repleto de sons de flauta
fosse o céu d'uma névoa de borboletas
e assim a vida parar e,
de repente, descubro que o nada faz sentido.

Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 20/10/2010
Reeditado em 20/10/2010
Código do texto: T2567199
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