BRADO
É meu este meu corpo
e de mais ninguém
São minhas todas as dores,
espasmos
e palavras contidas dentro dele
Da extremidade de meus pêlos
aos recantos mais longínquos de minh'alma,
tudo me pertence
Todas as guerras e processos de paz
que aqui, coexistem,
estão sob permanente tutela do meu ser
E sob minhas paredes revestidas de silêncio,
construo eu o altar que bem entender
Permitindo-me assim blasfemar ou idolatrar
meus próprios deuses