MOLDURAS
Sou um espelho de linhas ocultas
Refletindo segredos e medos na mesma medida
Sou como um sinal interestelar de ondas curtas
Enviando mensagens onde não se escuta
Meu grito ecoa na multidão
Mas como um eco vira vazio na imensidão
Sou espelho multifacetado
Feito múltiplas cores de um mesmo arco-íris
E das caras que me disfarço
Sou o único que vê as lagrimas descendo em regaço
Sou o palhaço do circo vazio
E da lua, fêmea devassa
Eu sou sol que sempre perde o cio
E no espelho que reflete minha alma nua
Eu sou criança brincando de homem
Ainda que a vida escancare em mim a ultima casa
Da ultima esquina... Do final da rua!