VAZANTE
Eu vivo na fronteira entre dois mundos.
Tenho duas faces:
Uma quase feia e outra quase bonita.
A quase feia é o meu corpo de cidadã brasileira, ser humano do sexo feminino.
A quase bonita, o meu corpo de mulher...
Que desabrocha toda vez
Que o meu mar de conflitos, mágoas e tristezas
Alcança a vazante das marés.
E meus pés tocam a areia,
Iluminados pela luz da lua cheia.