Artesão do pensamento

Ter as palavras como instrumento,

é uma arte contra o desalento,

é tecer a imaginação,

como artesão do pensamento.

Falar com as paredes,

declamar paixões fluentes,

admirar o que parece comum,

ser caçador do diferente.

Sonhar meio acordado,

com alguém tão envolvente,

embriagado pela saudade,

apaixonado como sempre.

Viciado por inverno,

pelo frio adormecente,

que lembra bem o calor alheio,

em que o corpo é dependente.

E se ainda as palavras,

não fossem instrumentos,

teceria a imaginação,

como artesão do pensamento...

Rogildo de Oliveira
Enviado por Rogildo de Oliveira em 12/10/2010
Reeditado em 15/07/2012
Código do texto: T2551777
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