SORTE, AZAR, VIDA E MORTE

Ninguém é mais Procópio

Que o próprio Procópio.

Nem eu a vê-lo

Nem ele, nele próprio

A entretê-lo de tão perto...

Enxergo-o por um binóculo

Pois não sou eu a tê-lo,

Em mim, portanto não sei-o,

Assim, por dentro...

Prazer, Procópio.

Prazer em não ser-te

Folgo em ver-te

Como não te vês

Nem ao espelho

À luneta do teu ser

Delírio e ópio,

Procópio...

Prazer e

Arrivederci

Boa sorte

Neste caleidoscópio

De sorte, azar e morte

Que tua vida, em recipiente

Canópico, tem de mais próprio.