DEDOS DE ROSAS



O chão treme,
o coração no peito
estremece vermelho o sangue
próprio no fazer da vida,
breve intervalo
que não se esquece
na tentativa de controlar
o leme contra o vento
para que não se movam
os homens na rigidez do tempo

Corpos n'agua,
ondas acima das nuvens!
Sugando sonhos
nas profundezas do oceano
nas entranhas dos sentimentos
na luta incansável
do encanto e do banal
no fazer da morte doce,
convertendo a dor em amor
na torta rota
que o ímpeto os levaram

Até que surja dedos de rosas no horizonte
sob os raios do sol,
para abrandar com carícias
as fúrias dos ares,
dos insolúveis mares
que teimam silenciosamente castigar as metades.

Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 07/10/2010
Reeditado em 07/10/2010
Código do texto: T2543800
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