Palavra de Mestre
Querem calar os “surdos”
Querem cessar meus tarois ...
Querem barrar meus tamborins,
Querem calar minha voz...
A voz de um povo,
Que só quer alegria...
Que quer ver o bloco,
E sua estonteante bateria...
É fechada a sentença,
É quebrada a tradição...
Não adianta tirar da cabeça,
O ritmo que não sai do coração...
Não é pelo pandeiro,
Treme-terra ou surdão...
É pelo percussionista companheiro,
É por ele: o coração...
Não quero aplausos antes dos sorrisos.
Nem sons antes do meu apito...
Quero a batida que preciso,
No compasso do meu coração agora adormecido...