Ultra Tuo Supparus - Parte IX

-Medo-

Vozes ecoam longe neste funeral

O tempo se arrasta para o fim

Somos tão pequenos diante de tudo

Todas as questões estão sem respostas

Caminhos interrompidos na nevoa

Passos apagados para sempre de nós

Nas vielas da Vida

Medus, nostro medus

Mea anima ambula sine vita

Meo core stare praecipitatus

Hic umbra e hic dole

Clamo te Deum

Todo o mau que produzimos

Sempre diremos que é em nosso favor

Que será usado para o bem

Mas estamos enganando nossos corações

Para que a verdade não nos culpe

Para que não sejamos julgados pelos erros

O medo da próxima queda

Lacrimas e dolore in tua mens

Medus vitae

Medus ad postum

A busca pela felicidade

A eterna busca pelo enriquecimento

Acreditamos que ela nos fará melhores

Quando na verdade estamos caindo

Nesta escuridão maligna

Nas sombras do desespero

Entre o desespero e o ódio

-Ódio-

Nossos corações rancorosos

Nunca estarão satisfeitos com o que temos

Nossas mãos vazias tentam agarrar

Tudo que nossos dedos não podem segurar

Uma palavra dita a uma mente frágil

Causa a morte de uma alma inocente

Este é o nosso premio final

O ódio é a recompensa desta vida

A futilidade nos leva a cegueira proposital

Como se fosse a única saída

Para escaparmos destes labirintos

Incompreensão e ambição

Quem somos nós para julgarmos?

Não nos é dado este poder celestial

Então corremos desesperadamente

Corremos em direção a caminhos negros

Posso repetir mil vezes

Para que fique longe de deste Véu

Para que veja além dele

¬Ultra tuo supparus

Temptavi vide ultra tua vitae

Non videam ut speculum

Nemo potui predicta o fortuna

Tibi quoque non potui predicta

Viver em fantasias e elegias é tão confortável

Mas nunca será a melhor escolha

Os sonhos são caminhos

Mas não são os objetivos

Estará sempre a tua espera a queda

Acorde ou teu sangue irá escorrer

¬-Decepção-

Muitos estiveram em busca de realizações

Porém muitos falharam nesta missão

Quem conseguirá alcançar

Aquilo que parece inalcançável

Onde nossas mãos ainda não podem tocar

Onde o Céu ainda está muito distante

Lagrimas escorrem de teus olhos

Por que ainda tentamos olhar para frente

Estamos defronte a uma tempestade

Areias neste deserto imenso

Ventos controlam os caminhos

Quando não se há caminhos neste deserto

Ventus gubernam nostra fortuna

Nostra via est imperfecta

Mortis nostra

Nostra mortis est proxuma

“Ilusões nos forçam a viver uma fantasia

Mas tão perigosas são essas fantasias

Nos conduzem a morte

Para caminhos negros que nunca sabemos onde termina”

Não ter quer me machucar novamente

Vivi tanto tempo imerso em elegias

Procurei tanto tempo por felicidade

Quando na verdade sempre soube que nunca existiu

Somos tão inocentes que não vemos a verdade

Somos tão pequenos que não percebemos

Que no final de tudo iremos ser apenas sepultados

Em tumbas sem nomes e que nunca se lembrarão de nós

Somos apenas mais almas neste rio

Neste sangrento rio de almas

-Julgamento Final-

Tente-se manter além de todo fluxo

De todas as coisas que podem lhe matar

Estaremos mortos até o pôr-do-sol

Somos a caça nesta guerra

Procuram nosso sangue

Um dia receberemos o julgamento

Seremos os réus no banco dos condenados

Todos os nossos atos serão testemunhas

Para nos culpar de todos os erros

Então seremos condenados a pior pena

Ao pior castigo

Apenas as almas boas conseguem o paraíso

Apenas boas pessoas serão felizes

Mas ser bom num mundo mal é impossível

Ser correto neste mundo incorreto

A honestidade não é mais qualidade

A sinceridade será crime

Mas todos serão julgados

O seu Deus não terá misericórdia por sua alma

Não irá perdoar novamente seus pecados

Já que seu filho primogênito morreu por nós

Não há por que morrer novamente

Então será o seu fim

Será a sua perdição

¬Non habes misericodie per tui

Peccatos noster

Nostra culpa

Nostra macula

Oblisvici

Paulo Sousa
Enviado por Paulo Sousa em 04/10/2010
Código do texto: T2538030
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