Ultra Tuo Supparus - Parte VIII
Tempos antigos escondem em suas areias
Caminhos que nunca voltarão
As marcas de um passado belo
De onde as mentes humanas
Ainda não haviam atingido toda futilidade
Sempre com este Véu sobre nossos olhos
Sempre com este fardo eterno
Tantas Luas passaram-se
Até que a luz chegasse aos teus olhos
Estamos presos numa cela sem grades
Guiados apenas pelo esforço
De ser sempre mais
De buscar sempre mais
Todos os rios que correm
Todas as almas nestes campos
Estamos mergulhados em sombras
Sombras eternas e envolventes
Tão dóceis que nos embriagam
Que nos embalam em um sonho perpetuo
Tão confortável não ter que abrir os olhos
Jamais ter que encarar a verdade
Tão suave se apresenta este Véu
Tão doce a melodia surda
Vozes não gritam tão alto
Não posso ouvir seus clamores
Nossos olhos preferem as sombras
Nossos ouvidos a surdez
Nossas mãos o repouso
Nossas mentes o êxtase