Ultra Tuo Supparus - Parte VIII

Tempos antigos escondem em suas areias

Caminhos que nunca voltarão

As marcas de um passado belo

De onde as mentes humanas

Ainda não haviam atingido toda futilidade

Sempre com este Véu sobre nossos olhos

Sempre com este fardo eterno

Tantas Luas passaram-se

Até que a luz chegasse aos teus olhos

Estamos presos numa cela sem grades

Guiados apenas pelo esforço

De ser sempre mais

De buscar sempre mais

Todos os rios que correm

Todas as almas nestes campos

Estamos mergulhados em sombras

Sombras eternas e envolventes

Tão dóceis que nos embriagam

Que nos embalam em um sonho perpetuo

Tão confortável não ter que abrir os olhos

Jamais ter que encarar a verdade

Tão suave se apresenta este Véu

Tão doce a melodia surda

Vozes não gritam tão alto

Não posso ouvir seus clamores

Nossos olhos preferem as sombras

Nossos ouvidos a surdez

Nossas mãos o repouso

Nossas mentes o êxtase

Paulo Sousa
Enviado por Paulo Sousa em 04/10/2010
Código do texto: T2537294
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