Tambores Silenciosos
Um homem caminha lentamente,
E em ruas estreitas é protegido por sobrados...
O vento parece soprar suavemente,
Toca seu rosto e leva-o ao passado...
O faz lembrar da infância:
Os tambores tocavam a todo vapor...
Aguçavam os ouvidos das crianças
Que desvendavam a sensibilidade do amor...
Mas hoje lhe falta tolerância,
Não pode tocar...
Talvez a ganância,
Ocupe seu lugar...
O que importa?
O marca passo da vida,
O toque sem fim:
No surdo a sua batida,
E o repique do meu tamborim...
Mas está ansioso,
Não sabe o que fazer...
Os tambores agora estão silenciosos,
Não sabe o que vai acontecer...
Melhor é seguir seu caminho,
As batidas do seu coração...
Deixar o vento te guiar sozinho,
Mas fica a emoção...