Ar
Opressão e indiferença
Une opostos
O cheiro, a dor e o lamento
Em marcas na pele
Não enxerga de tão evidente
Tão claro e clarividente
Incompreensível e mesmo distante
Continua, mesma maneira distinto
Indistinto fosse
Continua, mesma procura
Cansaço fosse
A maldade só em ti reina
E tão belo é seu dominar
Aquele com gritos e humilhações
Reclamando por tanto amar
A base do dizer
Discurso anelar
Presos em dedos gordos
De futilidade irá se libertar
Denúncia, hipocrisia e sonho
Quem tem mais e falar
E por que fala?
Se ao silêncio irá retornar?
Que palavra encontrar?
Cansei de tanto ar e “ar”
Para variar eu preciso saber
Preciso mais uma vez ouvir
Esse som vago ruir
Delicioso ao desmoronar
Volta a bondade e maldade
Caminhantes unidas
Um beijo como forma de selar
Amarra teu olho a mim
Ou continua a me ignorar
Tua escolha
Escolhe a chave
Tranca sua mente
Foge de tudo que vou te lembrar
Sou teu ar