De um jeito ou de outro
Onde colocar as minhas lágrimas
Que já estão cansadas de morrer na minha face
Já tentei escondê-las num pote de ouro
Onde na minha imaginação procuro a saída
Pra essa drástica realidade
Já mergulhei nas marés da angústia
Perdi o fôlego ao afogar nos prantos da solidão
Correndo contra o tempo que se exausta
Num trabalho perpétuo e sem descanso.
Ação mútua que me deixa sem reação
Que me faz mórbida
Pelo simples desprezo e rejeição
Pedaços da minha vida
São colhidos pouco à pouco...
Ainda existe alguém que me faz sorrir
E ao mesmo tempo me faz chorar
Perdi a noção de tudo
E hoje passei a colecionar chaveiros
Me disseram que a felicidade é um lugar
Por onde andei que já não sei qual é a porta?
Pra que me lamentar
Por não saber o que sinto
Por perceber que embora sempre confusa
Eu ainda insisto em te procurar
E você de um jeito ou de outro
Sempre esteve comigo...