O QUEREMISMO DO NÃO QUERER
“O QUEREMISMO DO NÃO QUERER”
Não quero que concordes com tudo o que penso e faço;.
. mas não com a dúvida se devo fazer.
Não te quero fiel, nem santa e nem pura;
. mas nunca insegura se deves me ter.
Não te quero pacata como aquelas de Atenas;
. mas nunca sem a garra e com a certeza plena.
Não quero a saída da morte sem volta e sem fim;
. mas cultuo a fuga da vida quando me condenas à culpa toda
pra mim.
Não sei o que quer o meu querer;
. só sei que não quero te perder,
PEDRO FERREIRA SANTOS (PETRUS)
Outubro/1991