Perdido

Estou confuso, eu sei!
No entanto, colho o que plantei!
Canto à alma amiga; que instiga
Companheira fiel, antiga
Luz que me veste e reveste
E faz-me amigo inconteste...
Um canto aos anos, ao lustro...
À Agonia dos meus idos
Que estão quase esquecidos
Tempos ganhos e que se vão
Horas ganhas com um custo...
Na vida, busco o perdão
No sonho, sou um ser, só
Na sanha, na manha, o encontro
Eu corro em círculo, ao redor
Procuro-me, não me acho de pronto
Busco-me sem pressa, sem me achar
Sou a solidão que vive e que passa,
A agonia que insiste em ficar
A metáfora que compara sem por
A metonímia que regula amor e dor
A rima que junta, cruza e enlaça
A vida que nos verdes campos avoa
O mote que, sem chance, destoa
O sol que, em multicores, desabrocha
Traz o dia consigo a fugir do abrigo
O rio corrente lá de cima caçoa
Brilha com a luz, a cor e a rocha
Oh!como voa... como o tempo voa!
 
Ubirajara Sá
Enviado por Ubirajara Sá em 19/09/2010
Reeditado em 20/10/2018
Código do texto: T2506748
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