TUA MÃO
Em mim, pura brasa
Fogo a queimar
Angústia e pesar.
Alento, socorro
Ou eu quase morro
Sem respirar.
E a morte sorriu
O outro lado fluiu
A me acenar.
Fosse então, descanso
E o fim era manso
Água a jorrar.
A garganta, dor
Nos olhos, pavor
Era medo puro.
E muda de espanto
A doer desse tanto
Suplício obscuro.
O peito a explodir
A alma a sumir
O aço a cortar.
Nele me torturo
E nesse ai contido
O mundo escuro.
Eis-me, tua mão
Abre coração
A te receber.
Agora era a paz
Outra vez capaz
Posso reviver...
_________________******************_________________
A mão, docemente,
Trazendo conforto
A um corpo morto
De desilusão
Me largo, serena,
Ao seu doce toque
Até o desenboque
Da minha paixão
Meus passos incertos
Sem rota, sem rumo
Encontram o prumo
Em seu coração
(Milla Pereira)
(Que honra essa estrela a brilhar por aqui. Adorei a lindíssima interação, Milla!)
_____________________****************__________________