Este eu, que não sou

As vezes me sinto só

Mesmo em meio a tanta gente

Aos risos, choros

Indiferentes

Diante da vida que passa

Estou aqui só comigo

Tento encontrar um abrigo

Onde não mais haja dor

Onde exista calor

Onde me falte o torpor

Eu sinto, eu vejo

Eu penso, reflito

Me afogo na existência

Nesse rio que corre

Sobre as areias do destino

Este não ser eu, que me busco

Lança-se na escuridão

E se faz tudo e nada

Se descobre um ainda não

Uma luz ainda apagada.