Um caderno de Poemas
Era um caderninho de poemas
Um diário de angústias disfarçado
Não tão bom é claro
Nem tão certo
Menos ainda exato
Mas lhe trazia vida
Era coberto de sangue
Amor e alegria
Não havia não dito
Mesmo entrelinhas, escrito
Era desperto por quebrantar de corações
Sua caneta movida a ódio, tédio e perdão
E não via a hora de parar
E ao surgir às novas páginas
Via-se a mudar
As letras chegaram ao fim
O novo quis comprar
O velho ficou no passado
Entre a poeira a chorar
Novas páginas, quase um mundo novo
Criou-se novo nome, novos segredos
E outras histórias foi-se lá a desvendar