Um caderno de Poemas

Era um caderninho de poemas

Um diário de angústias disfarçado

Não tão bom é claro

Nem tão certo

Menos ainda exato

Mas lhe trazia vida

Era coberto de sangue

Amor e alegria

Não havia não dito

Mesmo entrelinhas, escrito

Era desperto por quebrantar de corações

Sua caneta movida a ódio, tédio e perdão

E não via a hora de parar

E ao surgir às novas páginas

Via-se a mudar

As letras chegaram ao fim

O novo quis comprar

O velho ficou no passado

Entre a poeira a chorar

Novas páginas, quase um mundo novo

Criou-se novo nome, novos segredos

E outras histórias foi-se lá a desvendar

Alexandre Bernardo
Enviado por Alexandre Bernardo em 09/09/2010
Código do texto: T2487520