ALMA QUE REVIVE A VIDA NA POESIA E NO AMOR
Apesar das agruras,
decepções, amarguras,
não chego ao fim da linha,
se percebo um vira-mundo,
atrás da estação, bem no fundo!
Creio que não estou perdido...
nem me perderei jamais...
vou recomeçar novo sentido,
aqui, aí, ali, alhures... eu hei,
de quantas vezes recomecei...
e tantas que recomeçarei.
Nada andará desiludido,
se põem banquetes de asneiras
em nossas mesas em menu,
posso até perder a fome, ih...
só de pensar nos cacoetes
dessas suas repetidas besteiras...
quando a poeira dissipar
sacudo o pó do ranço que há!
Direi aos desafetos:
explodam-se em seus próprios cacos!
E tentem rejuntar e os colar!
Os seus maus cacos, de certo,
são indóceis grilos e macacos,
tente retelhar seus tetos...
com a ajuda de quem estiver mais perto.
O meu ser poético irá perenizar...
e o seu jeito apoplético
ainda irá vaticinar
a minha vitória plural
de minha luta singular...
Se a morte enfim é derrota,
ainda tenho muito a incomodar!...
Nunca verão minha alma morta,
nos poemas que, enfim, eu eternizar.