ALMA QUE REVIVE A VIDA NA POESIA E NO AMOR

Apesar das agruras,

decepções, amarguras,

não chego ao fim da linha,

se percebo um vira-mundo,

atrás da estação, bem no fundo!

Creio que não estou perdido...

nem me perderei jamais...

vou recomeçar novo sentido,

aqui, aí, ali, alhures... eu hei,

de quantas vezes recomecei...

e tantas que recomeçarei.

Nada andará desiludido,

se põem banquetes de asneiras

em nossas mesas em menu,

posso até perder a fome, ih...

só de pensar nos cacoetes

dessas suas repetidas besteiras...

quando a poeira dissipar

sacudo o pó do ranço que há!

Direi aos desafetos:

explodam-se em seus próprios cacos!

E tentem rejuntar e os colar!

Os seus maus cacos, de certo,

são indóceis grilos e macacos,

tente retelhar seus tetos...

com a ajuda de quem estiver mais perto.

O meu ser poético irá perenizar...

e o seu jeito apoplético

ainda irá vaticinar

a minha vitória plural

de minha luta singular...

Se a morte enfim é derrota,

ainda tenho muito a incomodar!...

Nunca verão minha alma morta,

nos poemas que, enfim, eu eternizar.

Antonio Fernando Peltier
Enviado por Antonio Fernando Peltier em 08/09/2010
Reeditado em 08/09/2010
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