Nao quero mais saber

Eu não quero saber

De viver ou morrer

Eu não quero saber

De amar e sorrir

De odiar e chorar

Deixe-me apenas sonhar

O sonho que eu quiser

Deixe-me pensar ser

Quem penso que sou

Um herói ou um vilão

De um faroeste tupiniquim

Deixe-me fazer aquilo

Que penso que posso

E ir voando até as estrelas

Eu não quero saber

De vida social

Amizades por interesse

De risadas falsas

De piadas racistas

E de tolos preconceituosos

Não busco amigos perfeitos

Nem amigos verdadeiros

Amizade não se busca

Simplesmente de conquista

A cada dia, a cada atitude

A cada frase, a cada bronca

Eu não quero saber daqueles

Que não querem saber de mim.

Deixe-me buscar a perfeição

Em um pé de feijão

Deixe-me assimilar

Deixe-me buscar a perfeição

Em um pé de feijão

Deixe-me assimilar

O milagre da multiplicação

Que apenas com um grão

Tornam-se vários outros

Deixe-me contar tranquilamente

A quantidade de estrelas do céu

A quantidade de peixes do mar

Quantas pétalas têm uma rosa?

Quantas rosas têm um jardim

Isso eu não sei, mas sei

Aquilo que preciso saber

E não quero saber

Daquilo que não me interessa

Pois ainda que tudo possa,

Nem tudo me convém

Ainda que tudo queira

Nem tudo posso ter

e o que posso e quero

é simplesmente ser feliz