Olhar

O olhar que vejo refletido

Contido e profundo como o universo

Em meu verso se manifesta com firmeza

A leveza da tua aura

Restaura a minha inerte existência

E a paciência inconsciente

É recorrente nos seus atos obstinados

Do lado oposto do espelho

O Batom Vermelho emoldura tua boca

Pouca Pintura e tênue vaidade

Que a madura idade permite sentir

Esse olhar me intriga e me conquista

Perdi de vista em que tempo ocorreu

Mas esteja certa que nada morreu

Nada se perdeu dos meus sentimentos

Meus momentos são avivados a cada dia

Na minha alegria de ter-te comigo

Sou teu abrigo e você é o meu

Sou teu amigo que em ti renasceu

Sou a paixão que não vês

Sou objeto da tua visão turva