ENQUANTO O TEMPO SE ESVAI

Sob o couro da descorada pele

Esfrangalham-se eminências pardas

Anoveladas, inconclusas, fraudulentas...

Quem experimenta o amor, o ódio, o porvir?

Seria o estômago abrasado?

A medula? A alma?

Quem chora diluviano ao ver o partir da amada?

Quem ri claudicante da anedota sem graça?

Quem se magoa, quem trai, se distrai?

Quem desenha estas inextricáveis linhas

Enquanto o perrengue tempo se esvai?