Por Uns Míseros Cobres

Tenho tanta pena dos covardes,

Dos que fogem dos feitiços da tarde...

Dos que se escondem atrás da ambição

Para neutralizar o coração...

Dos que desperdiçam o viver

Por medo de sofrer...

Dos que canalizam sua sensibilidade

Para a materialidade,

Para a superficialidade

Que mantém a sociedade...

Coitados!

Seres pequenos!

Autoprivados de enlevo.

Desapaixonados!

Entregam-se ao dinheiro

Por inteiro.

Tentam se convencer

Que esse é o mais seguro proteger...

Aderem-se ao cinismo,

Por incompetência ao espiritual alpinismo.

São arrogantes.

Extremamente irritantes!

Não amam.

Descambam!

Nunca amaram.

Do melhor se privaram.

Não têm noção da pobreza do seu discurso.

Não percebem que sua embarcação,

Além de ser uma enganação,

Está completamente fora do curso.

Não sabem ser companheiros.

Desabam sozinhos em seus luxuosos banheiros.

Trancafiaram sua emoção,

Num escuro porão...

Só sabem criticar

E apedrejar

Recusam-se a ajudar.

Não perceberam ainda, que a vida é compartilhar.

Só pensam em explorar

Em acumular...

Mal sabem que tudo o que conseguirão

Será uma estrondosa decepção.

O vil metal é o preferido ópio.

Fingem não reparar no óbvio.

São descrentes...

Emocionalmente decadentes!

Condenaram-se à solidão,

Por nunca estenderem a mão.

Um triste fim,

Confeccionado por quem nunca disse sim.

Por quem se achou muito esperto.

Mas, não sobreviveu a um olhar mais de perto.;;

Tenho sim, muita pena desses pobres,

Que se condenaram por alguns míseros cobres!

Vídeo indicado:

http://www.youtube.com/watch?v=OFEtPXLSNV4&feature=fvsr

Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 31/08/2010
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