Talvez a indagação seja uma forma de amar.
Como saber, se o que sinto é o que penso, como amar sem se ter certeza, há tempos tudo era florido, um verdadeiro campo de margaridas, mas hoje, tudo virou o que se chama de “inevitável” ou “normal”.
Percorri montes e vales atrás dela, desde a infância tive e por ingenuidade não soube aproveitar, ou, não soube preservar: a inocência, era minha arma, meu escudo, com o qual pude me defender sem saber da corrupção imoral que se alastrava através das gerações.Como entender, uma geração ou mesmo uma pessoa , às vezes não me entendo e me julgo sem tolerância e através de idéias me maltrato, até que no final do dia, o pôr do sol possa repor a desfiguração da minha face que, expressa minha solidão, minha dor: a ausência do meu espírito, levando-me para o “abismo”,tornando-me igual a uma pedra: “insensível e inflexível”.
Tudo isso, sou eu, ou é a música? É minha voz no túnel ou as freqüências das ondas sonoras?Se a música é arte de expressar os manifestos da alma, o que significa o “oi” diário, ou o beijo?Será um manifesto da alma ou apenas uma necessidade psicológica ?
Como saber, se o que beijo é tão real quanto o sentimento?Ou vice versa.Será que existe forma de amar, ou ninguém nasce sabendo amar.
Talvez a indagação seja uma forma de amar,pois os sentimentos estão diluídos nos pensamentos, quando indagamos, pensamos e consequentemente sentimos, quanto mais indagamo-nos, mais retemos aquela face que aos olhos de um leigo é um planeta sem órbita mas aos nossos, é o sol, no sistema solar, interligado e de fundamental importância à vida.