Não irei sucumbir

O desespero penetra nas minhas entranhas

Horror de não saber quem sou.

O tempo com suas artimanhas

Sagazmente me transformou.

Sem ter como voltar atrás,

Atitudes foram tomadas.

Destruindo, modificando.

Feridas marcadas.

Uma força imperceptível

Corroendo-me internamente,

Sofro junto ao silencio

Com ela em minha cabeça, latente.

Resta apenas uma vontade

Quero por ela ser impulsionada

Não sucumbir

A vida ainda não se declarou acabada.