Pobre Coitada
Ah, Senhor! Tantos conceitos equivocados...
Tantos comportamentos errados...
Tantos pensamentos infundados...
Tantos membros quebrados!
Como a humanidade consegue guardar e preservar
Tanta porcaria?
Que falta de sabedoria!
Ausência total de lógica;
Alucinada ótica!
Onde espera chegar,
Com essa bagagem inócua e vazia?
Não é a toa que vive mergulhada em melancolia.
Ela consegue se agarrar a tudo que não presta.
Em todas as passagens, bate a testa...
Não quer ter ideia do que está cavando.
Segue desgovernadamente, desandando...
Quanto mais se mexe, mais desanda
Ainda mais, decanta!
Espanta!
Desencanta!
Por não se conhecer,
Sabota o próprio crescer.
Desenvolve-se para o lado fechado.
Diminui a cada tosco ato, o seu quadrado!
Está atado ao seu lixo,
Como se isso fizesse algum sentido.
Atrapalha-se ao se relacionar.
Desaprendeu de gostar...
Somente ao dinheiro,
Entrega-se por inteiro.
Vende a alma;
Fere a palma...
Enlouquece,
Padece...
Está cega,
Perdeu a seta...
Ignora seu irmão,
É confusa sua ilusão.
Trocou todos os seus valores,
Por um conjunto de horrores.
Manipulou sua libido,
Perdeu o juízo!
Deixou-se condicionar,
De uma forma que não consegue se soltar.
Repete o que ouve sem refletir,
Não sabe se divertir,
Muito menos, o que sentir,
Ou para onde ir.
Minou sua resistência,
Limitou sua consciência.
Não respeita os seus.
Pensa que engana a Deus!
Esse texto foi inspirado pelo tiroteio ocorrido ontem
Em São Conrado – Rio de Janeiro –
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