Falsidade sincera
Escrever tem sido algo pouco feito por mim
Pois só escreveria sobre algo chato, triste, morto...Enfim.
Ando pensando em muitas coisas de minha atual situação
E sinceramente, tudo parece uma grande mentira, dramatizada pela ilusão.
É decepcionante perceber que a mentira vive no ar que respiramos
Vemos com olhos cegos as falsas sinceridades que querem que acreditemos.
Somos enganados por corações que sabemos que são enganosos
Os falsos comprimentos com abraços e beijos sebosos.
“Eu te amo” virou frase de comprimento cordial
Não algo dito por um sentimento vivo, quente ou até mesmo real.
Marido e mulher, pais e filhos, familiares e amigos...
Falsos sinceros, atrás de sorrisos que escondem os trajes de inimigos.
Suas babas gosmentas e seus hálitos fétidos poluem tudo à volta
Ficam ansiosos esperando uma brecha para contaminar, como rato em sua toca.
Estou me exilando dessa roda de “amigos” queridos e amados
Não quero ser mais um dos contaminados.
Olhar certos rostos têm sido um revertério a cada dia
Ouvir certas coisas têm sido uma grave hemorragia.
Um lugar chamado solidão tem sido bem convidativo
Indo pela estrada do amor, vendo as nuvens da alegria para esse lugar atrativo.
Só somos enganados quando acreditamos
Só somos mortos quando amamos.
Meu fim está próximo, bem perto do meu olhar.
Pois mesmo sofrendo pelas mentiras eu ainda insisto em amar.
“Eu me sinto digno de sofrer as angustias e as dores”