CONSOLO NU AVESSO
Não espereis recompensa alguma
Quando fizerdes favores a alguém.
Fareis com entusiasmo e alegria.
Não fareis por obrigação, e sim,
Pelo prazer e bondade no coração.
Sensação que alimenta a esperança,
Simplesmente pelo fato de se sentir bem,
Por estar dando o melhor de si mesmo...
Ascensão dessa bem-aventurança.
Se, porventura, precisardes de um ombro amigo...
E não fordes consolado por esta que vós consolastes;
Não vos entristeçais, pois, a falta não é vossa!
Se não tiverdes reconhecimento pelo que fizestes outrora...
Talvez seja pelo egoísmo, ou insensatez da mesma.
Quem sabe essa mesma não esteja amedrontada...
Apavorada por achar que será superada, aniquilada
Por sua própria insegurança de ser o que é?...
Ou porque não foi, não é e nunca o será! Que pena!
Pessoas inseguras têm medo de perder seus cargos,
Seus privilégios, “seus tostões no fim do mês”.
Um vazio as deixa atormentadas, incapazes de refletir.
Esse comportamento é meramente desprezível!
Os deveres do homem para com seus semelhantes,
Seriam, na verdade: A amizade, a sinceridade, a integridade...
E, acima de tudo... O amor, a compaixão e a compreensão.
Quando fizerdes favores a alguém...
Ora, não espereis em troca a benevolência;
Muito embora, recebereis a intransigência,
A ingratidão, a inconsequência, a insatisfação,
A repugnância, a comiseração e a divergência.
Não vos inquieteis com a mesquinhez
Dos ignóbeis, frágeis em sua algidez;
Algidez da estupidez, da inveja e do orgulho.
Nessa avareza ambiciosa que corrompe laços,
E, sobretudo, traz a intemperança e a infelicidade...
Mas, não vos entristeçais, porque
Dessa vida não levarão absolutamente nada!
O que deixarão aqui... Serão apenas suas obras...
E, se porventura não tiverem criado obra alguma...
Então..., levarão somente as lembranças;
Isso.... Se não tiverem amnésia!