A VIDA EM ATOS

Num horizonte longínquo,

A vida, tão bela, acaba de nascer,

Cheia de possibilidades,

Cabendo, a cada um, viver.

No início, tão pura,

Já existia, mesmo antes de conceber,

Na infância se revela,

E desperta o mais profundo de cada ser.

A vida, tão lenta,

Desabrocha e se revela,

Ao mesmo tempo, tão rápida,

Com muito ainda por viver.

Que angústia, ela passa,

Bem que eterna poderia ser,

A vida, tão curta,

Sinto que tenho que correr.

A vida, imprevisível,

Tantas escolhas e qual tomar?

Quem dera infinita fosse,

Pois de tudo quero provar.

Das coisas que a vida mostra,

Muitas outras, agora se escondem,

E daquelas tantas, que já passaram,

E do que, nem revelado fora.

A vida, tortuosa,

Percebo que não é tudo que posso viver,

Talvez seja a graça,

Do que se chama viver.

Pois será que seria tão bela?

Se fosse ilimitada,

E os sentimentos tão intensos?

Se possível tudo fosse.

E na vida, a mesma se revela,

E mostra onde reside sua beleza,

Beleza está tão bela,

Em atos singelos, que passam ser perceber.

Talvez eterna seja,

Se um legado se conceber,

Seus filhos, seus frutos,

Com certeza vão permanecer.

Num horizonte, longínquo,

Uma época que jazi,

E outro futuro,

Com a vida, tão bela, que acaba de nascer.

E assim vivendo,

Escondendo o morrer,

Em cada coisa, um sentido,

Vejo o sonho, novamente, renascer.

Para que pensar, se o que basta é viver,

Fazendo valer à pena,

E todo resto acontecer,

Mesmo que de forma parcial,

Ou incompleta,

Vida plena está há de ser.

Diego Fernandes

07/2010

http://poesiasingular.blogspot.com

Diego Fernandes Emiliano Silva
Enviado por Diego Fernandes Emiliano Silva em 15/08/2010
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