EQUILÍBRIO NO VIVER
(Fruto de reflexões e pensamentos depois de uma conversa (ao telefone) agradável com uma pessoa especial - Katia A.S.)
Sempre me julguei frio e calculista,
Matemático, lógico e racional,
Controlando-me e calculando,
Em cada passo, e direção,
Em cada meta, uma ação,
Enrustido com perfeição,
O ser imperfeito que sei que sou,
E ainda me lembro, como se hoje ainda fosse,
Da frase de um amigo e professor (J. N. Pompeu),
Disciplina Análise de Investimentos do curso de Economia,
Não me lembro ao certo a aula,
Mas discutindo como aumentar a margem de lucro,
"O economista tem coração de boneca, pois não pulsa...",
E tornava-me, ou tentava, ser cada vez mais frio,
E hoje me pergunto:
Qual é a graça? Não sei,
Para que? Não descobri,
E o ser humano? Não conheci,
E o mundo? Não passeei,
E a vida? Eu não vivi,
Ou será que vivi, ao meu jeito de agir,
Extremos são ruins, e só fazem sofrer,
Por isso sonho, sim, hoje eu sonho,
Mas não se engane,
Pois sonhador também não ei de ser,
Buscando um ponto de equilíbrio,
Na imensidão, e na busca do mais divino,
Que só encontro no meu ser,
Porém muitas vezes escuto,
Você precisa dormir, um pouco,
Ou acordar, quem sabe,
De certo, voltar à realidade,
Mas não se preocupe,
Na minha busca, não peço nada,
Na minha angústia, não peço nada,
Na alegria, nada,
E mesmo na conquista, se está vier, também não peço,
Apenas vivo, me encanto e amo,
E não desanimo,
De maneira certa ou errada,
Apenas vivo, pois vivo estou,
E não me arrependo,
Nem da palavra, nem da ação,
Aqui me expresso, com poesia,
Me impresso, com felicidade,
E isto me basta,
Me basta,
Dado que só me arrependeria,
Se não tentasse,
Ser e viver.
Diego Fernandes
03/08/2010
http://poesiasingular.blogspot.com