Confissão masculina

Confissão masculina

Tal qual um pequeno oceano

Insurgindo-se contra os rochedos

Somos as fúrias da mitologia

E a calma brisa em arvoredos

Como berro gritante e pontiagudo

Queremos quebrar os espelhos absurdos

Resguardando entre calados soluços

Os interditos desejos de chorar

E neste poço fundo, coração,

Navegam mares, tantas caravelas...

Nas raias dos desejos, exasperam-se

Quimeras de embustes hormonais

Velejo dentre calmaria e tempestade

Entre lanças de destino, controversos

E levanto minha bandeira escarlate!

Sou homem, sou criança, sou diverso

Amamentado no seio na vida

Amadureço sob o quente sol

E guardo em meu peito, escondido...

O morno cueiro de meu arrebol

Márcia Poesia de Sá

Márcia Poesia de Sá
Enviado por Márcia Poesia de Sá em 12/08/2010
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